Não se
afobe, é tudo fingimento, sempre foi. Desde aquela ida ridícula ao café, com
filme romântico / político e beijo na porta de casa com as mãos nas suas
costas, devagar, como se beijasse uma estrela. Você até esqueceu que ele
confundiu você com outra pessoa. Não era paixão. Daí ele sumiu.
sábado, 15 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Do Feminismo ao Extremismo.
Me
chamo Judite. Na verdade, não. Mas tenho preferido esconder meu verdadeiro
nome, minha identidade, meus sonhos e meus desejos. Moro só, trabalho, estudo,
me divirto e aos 30 anos, circulando pessoas super inteligentes, descoladas, eu
não posso falar das minhas preferências sexuais.
domingo, 2 de dezembro de 2012
A Revolução do Golfe.
Antes de começarmos a contar este
conto, é preciso avisar uma coisa muito importante, que pode (e deve) mudar a
sua leitura: isto não é um texto, é um sonho. E como tal, não é compreensível
para quem perdeu o dom que é sonhar. Mais um detalhe: mesmo que você acorde,
ele já foi escrito. Não esse. Todos eles.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
. (ponto)
Encontrei uma mulher sentada na
tampa de uma fossa, fumando cigarro filtro vermelho, meio bêbada, meio surda,
toda louca. Fui conversar com ela...
sábado, 10 de novembro de 2012
Acabou Sorrire.
Eu passei o dia falando e
pensando em trabalho. O dia trabalhando. Escrevendo, editando, divulgando.
Reclamando. De novo. Muito. Mais uma vez. Ganhei tecidos pra levar na
costureira e pedir pra ela fazer blusas de botão. Daquelas "de
trabalhar". De trabalhar. Especificamente. Tipo, professora.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Até parece.
Me deram várias possibilidades pra ele sempre me deixar esperando. Mas a mais lógica, tira toda e qualquer responsabilidade dele: eu faço ou não a opção de esperar.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Mar.
Quando eu tinha 10 anos, eu queria ser professora. As crianças onde eu morava, não curtiam muito a ideia de ir todos os dias na escola e eu achava o máximo saber de coisas que eles não sabiam. Hoje, eu entendo que eu não era melhor que eles em nada, porque eles sabiam de coisas que eu não sabia e eu nunca me importei em perguntar. Tive que aprender na prática. Tive que sentir a dor.
terça-feira, 17 de julho de 2012
"O amor é filme".
Assisti a um filme nacional
ontem. 'Não por acaso'. Na verdade, passei o olho, porque tava aqui, falando
com um monte de gente. Por ser um filme de amor, me motivei a ver, mas, por ser
só um filme, fui desistindo. A gente tende a desistir do amor, quando ele não
movimenta, não estimula.
A primeira transa do casal
protagonista (Rodrigo Santoro e Letícia Sabatella), se deu numa cena muito
bonita, com uma fotografia bonita, uma trilha
sonora bonita. Mas, foi só acabar a cena, eu distrai de novo. A gente tende a
distrair quando a música acaba. Não só nos filmes.
Alguns,
vendo aquela mesma cena, chamaram-na de primeira noite de amor e não de primeira
transa. Vai entender, não é.
Só
que daí, ela acordou na casa ele. Com a blusa dele. Usou o banheiro dele. Deu
de cara com "as coisas dele". Por que ele as tiraria das vistas, não
é? Ela, por sua vez, só pediu um café. Ele não deu atenção. Ela pediu de novo.
Ele não deu atenção, de novo. Ela foi embora. Sem gritar, sem deixar bilhetinhos
de despedida. Sem nem se despedir. Daí, ele se deu conta de que faltava o café,
foi na porta dela e deixou uma garrafa. A essas alturas, eu já tava grudada no
filme. Só que ele acabou. Ela se serviu do café, sentou perto da janela,
sorriu, tomou um gole e o filme acabou. Simples assim.
Amor
de filme ou de vida real tem algo bem parecido: vai acabar. E daí, a gente vai
acabar se distraindo de novo, como quando acaba a música.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Segurança. Segura a ânsia.
Estava me descolando da
Mustardinha (subúrbio de Recife). O relógio marcava por volta de 16h. Peguei o
ônibus, como de costume, na primeira parada após o terminal e estava com a
cabeça recostada no vidro. Duas paradas depois, em frente a uma loja de acessórios
de carro, dois jovens são abordados pela polícia. Dois homens, um em cada moto.
Quando ouvi a sirene, não me
preocupei com os que me chamariam de curiosa e coloquei a cabeça pra fora. Não
fui a única.
Não sei se há uma pesquisa sobre
isso, mas, dentro da comunidade, ninguém espera por dados comprovados, pra
dizer que: jovem, de cabelo em corte moicano, usando corrente de prata e
pilotando a famosa cinquentinha, é ladrão. Infelizmente, esteriótipos são
criados todos os dias e há os que aceitam sem muito questionamento. É como
dizer que mulher de roupa curta é puta, que tatuado é vagabundo e maconheiro é
ladrão. 'Ah, se eles soubessem a preguiça que dá depois de um baseado'.
Aqueles dois policiais foram
treinados assim. Pra coagir todos e quaisquer esteriótipo "nocivo à
sociedade". Eram homens grandes, daqueles que você tem medo até de olhar
duas vezes. Saculerajam os meninos. Mandaram colocar mão na cabeça. Testículos
apalpados. Não, não foi com o mínimo de educação. "Eita, os ovos dele
ficaram mexidos", disse o senhor sentado atrás de mim. Pediram documentos,
os dois apresentaram. Pediram pra abrir o compartimento da 'motoca' que fica
sob o banco. Abriram e lá, não havia nada. Pronto. Mandaram que eles
"saíssem saindo".
Pronto? Não vai pedir desculpas
pelo constrangimento causado? Baseado em que aqueles meninos foram abordados?
Foi o corte de cabelo? A cinquentinha?
Fui apenas espectadora, mas essas perguntas foram passando
na minha cabeça e foi me dando agonia de pensar que mais ninguém estivesse
inquieto ou inquieta como eu. Consegui organizar em 3 minutos, qual seria a
ação justa: suspeito. Vou esperar ele passar da frente da loja e fazer sinal
pra ele entre na rua. Tiro ele da Avenida, não o exponho e não tenho curiosos
pra atrapalhar o meu trabalho.
Agora, imaginem a abordagem: Boa
tarde, mãos na parede, por favor (é fato que o "suspeito" pode estar
armado), recebemos uma denúncia que o senhor está portando certa quantidade de
drogas e que estaria indo fazer uma entrega e por isso, eu preciso lhe revistar.
Terminada a revista: Muito obrigada por sua colaboração e espero que entenda
que estou fazendo o meu trabalho.
É, mas era o meu ideal. Nem tive
muito tempo mais para "sonhar". As motos e as sirenes já estavam em
outra direção. A cinquentinha também, levando para algum lugar, dois jovens que
podiam apenas estar indo à padaria e que foram abordados e constrangidos em uma
via pública e movimentada, dentro do lugar onde vivem e que agora, que podem estar
absolutamente revoltados.
Seguem as motos. Segue a cinquentinha.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Da cor deles.
Nem tudo tem que ter sentido. Nem tudo merece explicação. Nem tudo precisa ser lógico. Toda paixão é avassaladora. São as quatro afirmações que me cercaram esses dias (de tempo louco em Recife. Sol e chuva. Calor e frio). Mas uma delas, a que mais se fez presente, ainda me intriga. Nem tudo merece explicação. Tudo bem, posso até concordar. Mas, que há explicação, há.
Marcadores:
avassaladoras,
da cor deles.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Um papo de companheiros e companheiras.
Antes
de começarmos com os encaminhamentos que me foram pedidos e questionados
durante a última semana, acho que é preciso deixar clara uma coisinha,
pequenininha, detalhezinho, besteirinha tola: o Partido dos Trabalhadores e das
Trabalhadoras, mudou a realidade desta cidade (Recife), deste estado
(Pernambuco), deste país (Brasil) e vem ajudando na construção de alternativas
para mudanças em todo o mundo. Não, não. O ex Presidente Lula, mesmo sendo um
grande político, não fez isso sozinho. É dentro dos detalhes. Chama-se Projeto
Político Partidário e se dá, quando um grupo organizado estabelece uma meta
(plano de governo), disputa o governo, ganha o governo e implementa o projeto.
Acertados? Vamos lá.
Você
já ouviu falar em política de aliança?
Dois ou mais grupos que se unem em nome de uma causa e por aí vai. O que
não tem escrito em lugar nenhum, é, quais são essas tais causas. As ditas, as
gritadas e expostas, são: estamos do mesmo lado; tática de sobrevivência (quando
o grupo só existe dentro de determinado espaço, compondo); estratégia de
governo (quando o grupo tem maiores facilidades de governar, compondo). Essas,
entre outras, são as “bonitas”, as que são desenhadas em papel manteiga,
explicadas ao povo. Povo? Bem... As não ditas, são as que estão em evidência agora
e eu vou inverter a ordem: aliança de política. Essas, não são gritadas. (psiu)
E qual a intenção delas? Manchar imagens, distorcer fatos, se aproveitar de
crises, tentar ser maior, esconder erros de um (porque acham que quando se
juntam, respondem como grupo e não tem mais que acertar as “falhas” cometidas
enquanto eram um) e tudo, em nome do povo. Povo? Bem...
Quando
alguém me para na rua e me pergunta como vai o meu partido, eu pergunto de
volta: como vai o seu? A resposta normalmente é: “você ta doida? Eu não tenho
partido. Não me meto nessa sujeira”. Mas são essas as pessoas que não
interferem, não modificam, não ampliam.
Dos
erros do meu partido, Meu Partido, eu sei. Querem um resumo breve dos acontecimentos
em Recife? Pessoas morrendo soterradas, em conseqüência das quedas de barreiras
durante o período de chuvas. Trânsito caótico. Educação que não prepara seus
profissionais... Ah, isso é um problema da gestão e não do partido? Você
precisa resolver suas opiniões, companheiro. Dos acertos do meu partido, Meu
Partido, eu sei. Incluímos pobres e negros na Universidade. Levamos às ruas o
debate de democratização dos meios de comunicação. Discutimos cultura de dentro
da comunidade, para fora dela. Entregamos conjuntos habitacionais aos montes.
Levamos a tona, o debate sobre a descriminalização das drogas. Discutimos
gênero. Ah, isso é mérito da gestão e não do partido? Você precisa definir
melhor suas opiniões. Companheiro?
Eduardo
Campos é estratégia, cálculo, articulação pesada. Não é petista querer destruir
Eduardo, que se mostrou mestre em Aliança de Política. Luciano Siqueira é vice.
Não é petista, desmerecer o trabalho do companheiro que sempre esteve ao nosso
lado (tática de sobrevivência?). Petista, mas petista mesmo, é honrar uma
história construída com muita luta, independente das gestões, porque problema
interno, se resolve internamente. Petista, mas petista mesmo, é dar uma olhada
no estatuto partidário, entender as lacunas e questioná-las, dentro. Isso não
quer dizer maquiar, fingir, ter medo. Quer dizer que para fora das nossas
limitações quanto grupo, tem “grupos” que estiveram sempre à frente, com o
poder nas mãos e ao contrário de nós, não trabalharam em nome do povo e que pra
voltar a ter essa dominação, esquecerá qualquer conceito de respeito e ética.
Na
Wikipedia, a nossa definição é assim ó: um dos maiores e mais importantes movimentos
de esquerda da América do Sul. Por essas e por outras, me resta a luta.
domingo, 13 de maio de 2012
Quem Somos e a Que Viemos
A minha primeira experiência política foi em 1992. Eu tinha apenas 7 anos e testemunhei minha mãe e meu pai assistirem em casa, ao impeachment de Fernando Collor de Melo. "O rapaz bonito, que mudaria a realidade da Nação". Eles tinham as caras pintadas, dentro e fora da minha casa. Lembro de ter ficado paralisada, observando.
Acredito que uns dois anos depois, eu perguntei a minha mãe, o que era Socialismo e ela me respondeu assim: "É quando tem uma lata de ervilha com 200 grãos e se houverem 200 pessoas, cada uma delas vai comer um grão. É a igualdade de divisão". Lembro de ter ficado paralisada, observando.
Meu pai desacreditou. Não o via mais falar em política, nem ficar animado com qualquer resultado positivo para a esquerda. Morreu sem ver o Partido dos Trabalhadores 'dando pauta' ao país. Minha mãe, não. Passou a tentar entender como as coisas aconteciam por trás, no miolo.
No ano de 2000, eu estava com 15 anos, fazendo campanha pra João Paulo, prefeito da cidade do Recife. Minha mãe, empregada doméstica, reservava duas horas por dia pra fazer isso. Fazia visita aos amigos, tinha bloco de anotações com os nomes de quem procurar, a quem pedir ajuda. Ia nos comitês solicitar material de campanha. Pela causa. Pela causa. Prefeito eleito.
A realidade de Recife mudou. O orçamento participativo era orquestrado com maestria. Funcionava, dava certo. Dona Célia (a mãe), virou delegada do OP e não havia nada que interferisse na militância dela. Enquanto eu, ia vendo as coisas acontecerem. Cada vez mais de perto.
Em 2006, sem ligação a tendência alguma, trabalhei na campanha de Dilson Peixoto, para Deputado Estadual e fazendo as bem conhecidas 'campanhas casadas', fazíamos campanha para Maurício Rands, Deputado Federal.
Estou me estendendo por demais, não é? Mas é que tem me parecido nos últimos tempos, que andamos esquecendo da nossa própria história ou, estamos querendo abrir mão dela.
Lembro como se fosse hoje, da primeira vez que eu precisei montar chapa de votação, ao lado de pessoas que, ao meu entender, não eram "boas pessoas". Eu surtei. Disse aos meus companheiros que tinha nojo de política, que não sabia fazer isso. Uma hora, uma companheira me disse assim: "Se você não estiver lá, eles vão ganhar, sem você e vão coordenar, sem você". É assim que é.
Dona Célia me disse uma vez, que quanto mais eu soubesse de política, menos eu gostaria dela. Ela não entendeu João da Costa ser o sucessor de João Paulo na prefeitura. Mas, ela não questionava o nome dele para o OP, que ela tanto gostava e tanto se dedicava.
Todo esse apanhado, tem a intenção de fazer com que nós lembremos quem somos e a que viemos. Estou vendo companheiras e companheiros se estranharem como se estivéssemos em disputa com o PSDB. Expondo companheiras e companheiros, quando, se cada um fizer uma breve retrospectiva, vai se ver do mesmo lado, porque somos o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras.
Ao longo dos anos, as pessoas tendem a fazer a opção pelo que é melhor para elas ou para o meio social no qual vivem?
Acredito, vendo a minha mãe se recusar a votar em uma prévia (porque tem facebook e está acompanhando o baixo nível da troca de ofensas entre os militantes dos candidatos em disputa), que estamos fazendo o caminho de volta, quando deveríamos ser a alternativa. Acredito, que o que está acontecendo hoje, dentro de um processo bastante despolitizado, seja uma ofensa com aqueles que pintaram a cara, que deram vidas em nome da democracia, e que agora, assistem o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, ser exposto dessa maneira, enquanto nós, os futuros comandantes deste barco, esquecerem o foco da briga.
"Nosso inimigo é outro".
Não caminhamos do mesmo lado agora, mas caminharemos em breve, estou errada? Mentiram pra mim quando disseram que dentro do PT, o projeto político aprovado pelos regimentos internos, encaminham a continuidade da luta? Vamos ou não, independente do resultado das prévias do próximo dia 20, disputar a prefeitura da Cidade do Recife como todo o gás que o 'nosso projeto político' necessita?
É isso o que espera aquele operário que acorda todos os dias às 5h da manhã pra ir trabalhar e chegar em casa às 22h, porque graças ao Projeto Político do Partido dos Trabalhadores, ele pode se especializar. É isso o que espera o jovem que está nos vendo fazer campanha de Voto Aos 16. É isso o que espera a empregada doméstica que testemunhou o Impeachment de 1992 e ensinou aos filhos o que é Socialismo. ResPeiTo.
Bárbara Vasconcelos.
Acredito que uns dois anos depois, eu perguntei a minha mãe, o que era Socialismo e ela me respondeu assim: "É quando tem uma lata de ervilha com 200 grãos e se houverem 200 pessoas, cada uma delas vai comer um grão. É a igualdade de divisão". Lembro de ter ficado paralisada, observando.
Meu pai desacreditou. Não o via mais falar em política, nem ficar animado com qualquer resultado positivo para a esquerda. Morreu sem ver o Partido dos Trabalhadores 'dando pauta' ao país. Minha mãe, não. Passou a tentar entender como as coisas aconteciam por trás, no miolo.
No ano de 2000, eu estava com 15 anos, fazendo campanha pra João Paulo, prefeito da cidade do Recife. Minha mãe, empregada doméstica, reservava duas horas por dia pra fazer isso. Fazia visita aos amigos, tinha bloco de anotações com os nomes de quem procurar, a quem pedir ajuda. Ia nos comitês solicitar material de campanha. Pela causa. Pela causa. Prefeito eleito.
A realidade de Recife mudou. O orçamento participativo era orquestrado com maestria. Funcionava, dava certo. Dona Célia (a mãe), virou delegada do OP e não havia nada que interferisse na militância dela. Enquanto eu, ia vendo as coisas acontecerem. Cada vez mais de perto.
Em 2006, sem ligação a tendência alguma, trabalhei na campanha de Dilson Peixoto, para Deputado Estadual e fazendo as bem conhecidas 'campanhas casadas', fazíamos campanha para Maurício Rands, Deputado Federal.
Estou me estendendo por demais, não é? Mas é que tem me parecido nos últimos tempos, que andamos esquecendo da nossa própria história ou, estamos querendo abrir mão dela.
Lembro como se fosse hoje, da primeira vez que eu precisei montar chapa de votação, ao lado de pessoas que, ao meu entender, não eram "boas pessoas". Eu surtei. Disse aos meus companheiros que tinha nojo de política, que não sabia fazer isso. Uma hora, uma companheira me disse assim: "Se você não estiver lá, eles vão ganhar, sem você e vão coordenar, sem você". É assim que é.
Dona Célia me disse uma vez, que quanto mais eu soubesse de política, menos eu gostaria dela. Ela não entendeu João da Costa ser o sucessor de João Paulo na prefeitura. Mas, ela não questionava o nome dele para o OP, que ela tanto gostava e tanto se dedicava.
Todo esse apanhado, tem a intenção de fazer com que nós lembremos quem somos e a que viemos. Estou vendo companheiras e companheiros se estranharem como se estivéssemos em disputa com o PSDB. Expondo companheiras e companheiros, quando, se cada um fizer uma breve retrospectiva, vai se ver do mesmo lado, porque somos o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras.
Ao longo dos anos, as pessoas tendem a fazer a opção pelo que é melhor para elas ou para o meio social no qual vivem?
Acredito, vendo a minha mãe se recusar a votar em uma prévia (porque tem facebook e está acompanhando o baixo nível da troca de ofensas entre os militantes dos candidatos em disputa), que estamos fazendo o caminho de volta, quando deveríamos ser a alternativa. Acredito, que o que está acontecendo hoje, dentro de um processo bastante despolitizado, seja uma ofensa com aqueles que pintaram a cara, que deram vidas em nome da democracia, e que agora, assistem o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, ser exposto dessa maneira, enquanto nós, os futuros comandantes deste barco, esquecerem o foco da briga.
"Nosso inimigo é outro".
Não caminhamos do mesmo lado agora, mas caminharemos em breve, estou errada? Mentiram pra mim quando disseram que dentro do PT, o projeto político aprovado pelos regimentos internos, encaminham a continuidade da luta? Vamos ou não, independente do resultado das prévias do próximo dia 20, disputar a prefeitura da Cidade do Recife como todo o gás que o 'nosso projeto político' necessita?
É isso o que espera aquele operário que acorda todos os dias às 5h da manhã pra ir trabalhar e chegar em casa às 22h, porque graças ao Projeto Político do Partido dos Trabalhadores, ele pode se especializar. É isso o que espera o jovem que está nos vendo fazer campanha de Voto Aos 16. É isso o que espera a empregada doméstica que testemunhou o Impeachment de 1992 e ensinou aos filhos o que é Socialismo. ResPeiTo.
Bárbara Vasconcelos.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Mobilidade Urbana – Acesso Periférico ao Transporte Público
Com o crescimento “desordenado” das grandes capitais e crescente expansão dos centros urbanos, o debate a cerca da Mobilidade Urbana, tem estado cada vez mais presente nas rodas de conversas, seja ela de amigos de Faculdade ou de secretários de Governo, preocupados com o bem estar, e a comodidade de seus cidadãos.
Tendo a chegada de grandes eventos ao país, como a Copa do Mundo em 2014 (que tem Pernambuco como palco), algumas perguntas se tornaram recorrentes. Uma delas é: estamos mesmo preparados (quanto transporte público) para receber um evento deste porte? Nós iremos aprofundar um tanto mais a questão, perguntando: estamos preparados para não segregar um evento deste porte? E ainda, Seremos capazes de não apenas maquiar um retrato já tão comum e freqüente nas nossas cidades?
sexta-feira, 30 de março de 2012
Dama e Meretriz.
No século passado, as mulheres eram convencidas de que não fazer exposição de partes do seu corpo, como os tornozelos, as manteriam puras e respeitadas e que assim, os homens teriam mais curiosidade em torno do silêncio que as cercava. Desta maneira, outras mulheres que não usassem combinações perfeitas, corpetes, cintas-liga, ou eram as empregadas das casa de família, ou eram meretrizes, destruidoras de tais famílias.
Mulheres que amarravam suas saias, não para que elas ficassem mais curtas, mas para que não se prendessem a elas enquanto davam largos passos, carregando latas d'água na cabeça. Mulheres que não usavam espartilhos e sim blusas feitas de tecidos grossos e de fácil acesso para as bocas dos filhos famintos.
Conta-se que as damas da alta classe, vestiam "melhor" suas 'amas de companhia' para que elas pudessem transitar na 'casa grande'. Lhes davam sutiãs. Lhes amarravam os seios. Alegavam que uma mulher não poderia se mostrar daquela maneira, que era de baixo nível, que era ofensivo, abusivo, repulsivo.
Mas na verdade, elas, as damas, não entendiam porque foram educadas para se vestir com delicadeza, falar baixo, colocar a mão em frente aos lábios quando sorrir e, durante as madrugadas, ouvirem seus maridos darem gargalhadas, gemerem e gozarem, deitados em um lugar fétido, no qual durante o dia, eles não passam perto e com as mulheres que durante o dia, eles chamam de vulgares.
Mulheres e homens não nascem preconceituosos. As sociedades os deixam assim. Homens e mulheres não nascem hipócritas. As sociedades os deixam assim.
Hoje, século 21, com o mundo em um clique, ainda existem as mulheres que se separam entre damas e meretrizes e não entendem que século passado, muitas damas tiveram dúvidas, procuraram respostas, sofreram e lutaram para que uma classe não fosse separada por outra classe. Mulheres conquistaram o poder de não permitirem mais que o patrão negue a esposa e coma a empregada. Mulheres Conquistaram a responsabilidade de cuidarem sozinhas de seus filhos, garantirem a educação e o sustento da família.
É preciso entender que a dama e a meretriz (transformada em qualquer coisas por não atender aos critérios de uma sociedade machista) estão hoje e sempre estiveram do mesmo lado. Mulheres, mães, esposas ou não.
Elas jogaram o espartilho fora. Elas compraram espartilhos. Elas se misturaram.
E você ainda vai julgar alguém que se nega a ter seios amarrados?
Hoje, século 21, com o mundo em um clique, ainda existem as mulheres que se separam entre damas e meretrizes e não entendem que século passado, muitas damas tiveram dúvidas, procuraram respostas, sofreram e lutaram para que uma classe não fosse separada por outra classe. Mulheres conquistaram o poder de não permitirem mais que o patrão negue a esposa e coma a empregada. Mulheres Conquistaram a responsabilidade de cuidarem sozinhas de seus filhos, garantirem a educação e o sustento da família.
É preciso entender que a dama e a meretriz (transformada em qualquer coisas por não atender aos critérios de uma sociedade machista) estão hoje e sempre estiveram do mesmo lado. Mulheres, mães, esposas ou não.
Elas jogaram o espartilho fora. Elas compraram espartilhos. Elas se misturaram.
E você ainda vai julgar alguém que se nega a ter seios amarrados?
terça-feira, 13 de março de 2012
Do Erótico
quinta-feira, 8 de março de 2012
Das Várias Formas de Amor.
Existem vários, inúmeros, incontáveis tipos de amor. Alguns, só sentiram de uma maneira. Outros de todas. Outros, de nenhuma. Mas é fato que, um dia chega. Da forma que for...
Existe o amor por acaso. O amor que une duas pessoas pelo destino. Que faz eles se conhecerem num show de forró, se beijarem, trocarem telefones, se encontrarem mais pra frente e se amarem. Em guerra 24 horas por dia. Sendo amantes um do outro apenas em breve momentos de silêncio.
Outro amor, é o ideal da beleza. Negro, forte, sorridente. Que chega do nada e do nada vai embora. Te deixa aos prantos como se a culpa da partida, fosse sua. Como se todo o amor que você lhe dava, fosse demais pra suportar. Peso.
O amor que adianta o passo pra abrir a porta do carro ou puxar sua cadeira é daqueles pra quem você olha e pensa: ele podia ser meu. Que te leva no café e fala sobre política. Que tem barba rala, olhos claros e te beija como se beijasse uma estrela. Devagar.
Tem o amor do cuidado. Um dia, você acha ele no seu caminho e ele estará sempre lá. Pra cuidar de você e ser cuidado. Pra deixar claro que amor que cuida, é amor pra sempre. O problema desse amor, é que algumas pessoas querem sexo nele. Amor que cuida é ocupado demais pra ter sexo. Deixe-o apenas como cuidador e cuide dele. Amor desses, não se perde.
Tem o amor do corpo. Ele te faz tremer só de te olhar. Quando te toca, todos os pelos gritam, todos os arrepios falam baixo. Desses, tenha aos montes. Desejo.
O amor de praia vai lhe proporcionar belas vistas. O amor que desenha. O amor que você só sente às vezes. O amor que pede silêncio. O amor que grita...
O amor de carnaval é aquele que você sabe que terá uma vez por ano e que a cada ano, será mais intenso. Ele chega num frevo e vai num samba. Usa seu suor como água. Ele vai embora logo e por isso, gasta todas palavras em um só dia. "Linda. Quero você de novo. Vem pra cá?". E você vai. Mas corra. Depois do carnaval, ele vira o amor do corpo. Te faz tremer só de te olhar. Desejo. O problema é que depois do carnaval, você muda de vontade desse amor.
Por último, tem o amor simples. Mas desse, eu não sei nada.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Mulheres de Luta e o Carnaval
"Feminismo é o movimento social que defende igualdade de direitos e status entre homens e mulheres em todos os campos".
Não
há, nem haverá, uma cartilha que diga como deve se comportar uma
feminista. Que tipos de roupa ela deve usar, que corte de cabelo, como
se comportar em sociedade, em que lugares ir, com que pessoas falar,
porque o feminismo é uma luta Universal e, uma luta que se dá em nome de
mulheres negras, brancas, índias, mulatas, muçulmanas, judias, deve se
dar também e com o mesmo nível de respeito, para com as mulheres que se
optam por se portar de forma "diferente do convencional".
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