Existe o amor por acaso. O amor que une duas pessoas pelo destino. Que faz eles se conhecerem num show de forró, se beijarem, trocarem telefones, se encontrarem mais pra frente e se amarem. Em guerra 24 horas por dia. Sendo amantes um do outro apenas em breve momentos de silêncio.
Outro amor, é o ideal da beleza. Negro, forte, sorridente. Que chega do nada e do nada vai embora. Te deixa aos prantos como se a culpa da partida, fosse sua. Como se todo o amor que você lhe dava, fosse demais pra suportar. Peso.
O amor que adianta o passo pra abrir a porta do carro ou puxar sua cadeira é daqueles pra quem você olha e pensa: ele podia ser meu. Que te leva no café e fala sobre política. Que tem barba rala, olhos claros e te beija como se beijasse uma estrela. Devagar.
Tem o amor do cuidado. Um dia, você acha ele no seu caminho e ele estará sempre lá. Pra cuidar de você e ser cuidado. Pra deixar claro que amor que cuida, é amor pra sempre. O problema desse amor, é que algumas pessoas querem sexo nele. Amor que cuida é ocupado demais pra ter sexo. Deixe-o apenas como cuidador e cuide dele. Amor desses, não se perde.
Tem o amor do corpo. Ele te faz tremer só de te olhar. Quando te toca, todos os pelos gritam, todos os arrepios falam baixo. Desses, tenha aos montes. Desejo.
O amor de praia vai lhe proporcionar belas vistas. O amor que desenha. O amor que você só sente às vezes. O amor que pede silêncio. O amor que grita...
O amor de carnaval é aquele que você sabe que terá uma vez por ano e que a cada ano, será mais intenso. Ele chega num frevo e vai num samba. Usa seu suor como água. Ele vai embora logo e por isso, gasta todas palavras em um só dia. "Linda. Quero você de novo. Vem pra cá?". E você vai. Mas corra. Depois do carnaval, ele vira o amor do corpo. Te faz tremer só de te olhar. Desejo. O problema é que depois do carnaval, você muda de vontade desse amor.
Por último, tem o amor simples. Mas desse, eu não sei nada.