quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Uns riscos...


...E fui sentindo um vento bom se aproximar e me arrebatar, mas sem me levar pra longe, deixando no mesmo lugar, sem ser o mesmo lugar.
Foi ficando bonito e de repente, era o lugar mais pleno de beleza do Universo. Sem concretos, nem catracas, nem relógios, nem qualquer som.
Os passos se deram lentos, um pé, depois o outro, e assim por diante, devagar... devagar... E então, abraçamos um ao outro, sem abraçarmos um ao outro. Abraçamos o ideal que fazíamos de cada um. Eu abracei o que quis. Ele abraçou o que quis.
Parado na minha frente, ele tinha o mais belo sorriso, o mais aberto, o mais de verdade. Tinha os olhos de pedido que não se nega. Tinha o cheiro de casa pra onde você sempre quer voltar.
E lá ficamos, falando coisas com muito sentindo, que se tornaram sem sentido algum, diantes dos olhos de pedidos...
Tesão, vontade, frio na barriga.
E de repente eu acordei.
Mas a sensação de que ele me faz bonita (vista de qualquer ângulo) passou o dia comigo.
E as vezes, eu ainda posso sentir o vento que arrebata sem levar pra longe.
Não quero ir. Quero ficar.
E por ser sonho, essa opção se faz real.