terça-feira, 17 de julho de 2012

"O amor é filme".


Assisti a um filme nacional ontem. 'Não por acaso'. Na verdade, passei o olho, porque tava aqui, falando com um monte de gente. Por ser um filme de amor, me motivei a ver, mas, por ser só um filme, fui desistindo. A gente tende a desistir do amor, quando ele não movimenta, não estimula.
A primeira transa do casal protagonista (Rodrigo Santoro e Letícia Sabatella), se deu numa cena muito bonita, com uma fotografia bonita, uma trilha sonora bonita. Mas, foi só acabar a cena, eu distrai de novo. A gente tende a distrair quando a música acaba. Não só nos filmes.
Alguns, vendo aquela mesma cena, chamaram-na de primeira noite de amor e não de primeira transa. Vai entender, não é.
Só que daí, ela acordou na casa ele. Com a blusa dele. Usou o banheiro dele. Deu de cara com "as coisas dele". Por que ele as tiraria das vistas, não é? Ela, por sua vez, só pediu um café. Ele não deu atenção. Ela pediu de novo. Ele não deu atenção, de novo. Ela foi embora. Sem gritar, sem deixar bilhetinhos de despedida. Sem nem se despedir. Daí, ele se deu conta de que faltava o café, foi na porta dela e deixou uma garrafa. A essas alturas, eu já tava grudada no filme. Só que ele acabou. Ela se serviu do café, sentou perto da janela, sorriu, tomou um gole e o filme acabou. Simples assim.
Amor de filme ou de vida real tem algo bem parecido: vai acabar. E daí, a gente vai acabar se distraindo de novo, como quando acaba a música.

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