sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Das Escolhas.


Eu me apaixonei por um belo rapaz. Ele não se apaixonou por mim. Mas eu sou meio perturbada e me perguntei algumas vezes: por que não eu? Sou tão incrível. Bem, ele não acha. Um dia, surtada das ideias, eu fui fazer uma investigação sobre as mulheres com quem ele sai. Se você que está lendo é uma mulher, não me pergunte como eu sei. Você sabe como eu sei.


Descobri que elas obedecem a uma mesma linhagem estética. Grandes sorrisos. Em comum entre elas, também a maneira de se vestir: longos, blusas de manga, estampas de flores, ‘poás’, corações, saias que fazem a gente pensar: nossa, ela é inteligente. A discrição é outra coisa que as liga. Fotos privadas, poucos contatos em redes sociais, fotos de sombras e não de rostos.
Bem, minha “pesquisa” teve que encerrar por aí e eu não tenho certeza alguma sobre o que elas de fato são. Mas descobri uma coisa: não seria igual. Também não tenho como saber se é um critério. Não seria igual.
Alguém que se apaixona pelo que você parece ser e não pelo que você é não pode ser assim, tão surpreendente. Eu não sou assim, tão surpreendente. Me pego procurando motivos pra ele não me querer. É pequeno, mas é honesto.
É curto, mas é de verdade. É assanhado, mas é livre. É escandaloso, mas guarda alguns segredos. É gritando, porque ninguém pediu que fosse baixo.
Eu me apaixonei por uma bela mulher. Ela se apaixonou por mim também. Nunca vi mais linda. Ás vezes ela usa longos, mangas, corações. Mas é sempre por ela e nunca é com sombras. 

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