terça-feira, 17 de fevereiro de 2009


Sabe coisa pequena? Miúda mesmo... daquelas que passam quase despercebidas... É assim que estou agora.
Pensando como coisas tão grandes vão indo, indo, indo... E quando tu menos percebe... foi. Dá até pra correr e tentar pegar. Mas aí tu tem que fazer aquela avaliação de até onde é válido correr os riscos.
Durante todo o tempo, eu pensei que valia ir até o fim do mundo pelos meus sonhos. Mas hoje, de tão pequena, chego a pensar que nem sonhei. Que não me permiti isso. Que fui simplesmente seguindo e me deixando levar.
Talvez se eu tivesse sonhado mais.
Talvez se eu tivesse tido menos dúvidas.
E com essas indagações, chego a que mais dói:
O que eu fiz?
Não fui toda? Não fui plena?
Tempo sempre me mostra que quanto mais eu ando, mas presa estou. E eu... Justo eu, que prego que amor liberta... Não me deixei ir.
Fiquei aqui, escrevendo.
Mas... quem lê?
Quem se importa mesmo com o que "os outros" sentem? A quem eu quero atingir com tanta teoria?
Perdi algumas coisas nesse louco mundo louco. Perdi tesão. Perdi fé. Perdi pai. Perdi amigos. E ele me devolveu tudo isso. Ele... meu tesão, minha fé, meu pai, meu amigo...
E agora fica tudo tão vazio.
Como eu pude perder tudo denovo?

E depois de uma longa manhã...


"Liberdade, liberdade... Abre as asas sobre nós".

Que seja. Mas tenho me perguntado (com mais frequência que o desejado) se tanta liberdade vale mesmo a pena. Se tanta liberdade compensa o o outro dia.
Agora, nesse exato instante, não queria ser livre. Queria estar presa e queria não permitir a liberdade.

Sair gritando, derrubando 'ligações', implorando por atenção. Dizendo que eu estou fraca das idéias, mole do juízo. Dizer que eu não quero tanto espaço. Que eu quero espaço reduzido. Que eu quero menos.

Menos gritos. Menos viagens sozinha.

Mais deitar no peito. Mais brincar de desenhar palavras.

De verdade, meu livre hoje se resume a controle. A casa pequena e arejada. A sexo bom sem tanto arrudeio.

Se resume a poder dizer que o amo, sem que isso seja visto como uma coisa absurda.

Falei hoje a um desconhecido que ele é minha alma gêmea mesmo que não fiquemos (nunca mais) juntos.

E ele? Onde estava? Bem ao lado, entendendo tudo errado.

Logo, de que vale tanta liberdade?

Não sabemos usa-la.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

dO lado do crime...


Tentar é sempre válido.
Tentar ir... tentar não ir...
Tentar chegar... tentar sair.
O fato é que a gente tá sempre tentando.
Tem uma galera por aí que para, desiste, estaguina. E não os julgo por isso. Tem hora mesmo que toda essa porra dá uma canceira e a vontade é de mandar tomo mundo pra porra.
(tanta expressão né?)
Mas vê que coisa mais sem graça: Tu põe tua bunda numa cadeira, do lado de fora da casa, e fica lá olhando. Se ninguem passar por lá, tu não vê ninguem. Mas levanta dessa porra, e faz alguma coisa. Dá um passo. Movimente-se. São outras cores, outros tons...
Eu to tentando, Juro que to. Né todo mundo que crê não. Mas to.
Levantei da porra da cadeira.
"Outras cores outros tons".
Tem a mesma pureza... Os mesmos cheiros... Mas tem outros (e novos olhares).
O amo pelo fato de estar aqui. De estar 'dele' e permanececer sendo minha.
Pensei em ir. E escutei algumas pessoas dizerem: "ele vai a qualquer lugar junto com você por que tá dentro".
Tentar é preciso. Parar de tentar também.
Entender que não é você quem decide a hora de parar, também.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Cheia.


Hoje seria um dia que eu correria pra "lá". Que eu pediria colo. Que eu ía querer ficar deitadinha, quietinha... Quentinha...
Mas mudamos de lugares. Mudamos de planos. Mudamos.
Estamos construindo um outro mundo. Uma outra relação. E espero que nessa (daqui um tempo), também me caiba deitandinha, quietinha, quentinha.
Não é fácil transformar em amigo quem a gente ama. Mas pessoas amadurecem e entendem que tudo cresce.
Levei bastante tempo pra entender. E depois de entender, levei ainda mais tempo pra aceitar.
Minha cabecinha é meio perturbada e demora pra entender um monte de coisa.
Tem uma música que diz "No vão das coisas que a gente disse, não cabe mais sermos somente amigos". Será? Será que é impossível mesmo manter uma relação sadia com a pessoa que a gente disse tantas vezes que amava? Quero crer que não. Quero crer que iremos caber pra sempre um na vida do outro, com todos os pontos e vírgulas que uma estória tem direito.
Certamente crescemos em meio a atos e gestos.
Ofenças, críticas, traições...
Mas crescemos ainda mais pelo amor. Pelo querer bem. Pelo querer perto. Pelo querer longe (se assim for melhor). Pelos gestos de respeito e carinho. Pelas demonstrações de afeto, ou pela falta delas. Pelas noites não dormidas. Pelos dias dormidos todos. (rs) Pelos sorrisos, pelas lágrimas... Crescemos.
E hoje eu estou gigante. Cheia dele. Cheia de nós.
E você me pergunta: Acabou?
E eu lhe respondo: Acabou.
Acabou a fase de doer e causar dor. Acabou a fase de omitir.
Começou a fase de libertar. De deixar ir. E de não esperar voltar.
Hoje seria um dia de correr pra lá.
Mas esquecendo aquela outra música lá, tem outra que diz: "Prometo te querer, até o amor cair, doente... doente. Prefiro então partir à tempo de poder, a gente se desvencilhar da gente".
Seguir será sempre preciso. E é pra frente que se anda.
Hoje seria um dia de correr pra lá.
Mas não. Cá estou eu. Cheia de nós. E feliz em ter tido tempo de tanto me encher.
O fato é que todo rio desagua no mar. E é tão grande o mar. E tem tanto rio indo pro mar.
De tanto me encher, tenho a certeza de que jamais serei vazia. Terá 'sempre' dele transbordando.
Hoje seria um dia de correr pra lá.
Mas cá estou eu. Cheia de mim. Cheia, mas sem ser daquelas cheias de saco cheio. Cheia de plena. De toda.
E quando der aquela cheia, meu rio corre pro mar.
E quem sabe lá... Eu encontre 'o' rio. O que me transborda... O que me faz cheia.

E depois de ler tudo o que escrevi, chego a conclusão de que: "Hoje (certamente) seria um dia de correr pra lá".


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Por eLe.


De tudo ao meu sorriso serei atenta.
As vontades dele atenderei. A todas. Sem deixar escapar nenhuma.
Sempre que ele desejar se abrir como uma janela, lá estarei, o exibindo a quem quer que seja.
Sempre que ele desejar se esconder como criança que fez trela, lá estarei eu. O guardando... O protegendo.
Mas saiba "meu amigo" que se precisares dele, mesmo que ele esteja escondido por ter feito trela, o convencerei a sair da toca. A se mostrar, só pra ver o seu sorriso todo meu.
Pois com seu sorriso, o meu se dá mais amplo.
Pois com seu prazer, o meu se faz mais pleno.
Está meio chuvoso (ainda), e o meu sorriso não quer molhar-se.
Mas logo estia.
Então nos veremos...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

cRianças não complicam.



é, é... sOu chata meRmo. Povo cabulozo dizendo o que eu devo ou não fazer. Sacooooooooo.
Não dê trela... Seja mais dura....
Ê povinho sem graça esse viu.
Por isso que cada dia mais eu digo, que crianças não complicam. Falam mesmo.
Dia desses eu queria faltar no trabalho e meu sobrinho de 8 anos virou pra mim e disse: "Deixe de mentira e vá trabalhar". hahahahahahaha... Fui né? Fazer o que? Com criança não se discute.
Plenitude meus amigos. Plenitude.
Existem dias curtos e dias longos.
Os meus nos últimos tempos, são todos longos, com horas demais. Horas que não passam.
Daí vou dormir 3h da matina, escrevendo, escrevendo e escrevendo.
As crianças certamente estão dormindo uma hora dessas. Criança não tem motivos pra ficar até tarde de pé. Só as farras. Mas preocupação? Nenhuma.
Se soubesse disso antes, teria dado mais atenção a minha mãe quando ela dizia: "Ah como eu queria ainda ter a sua idade".
Lembro que eu odiava. Tudo o que queria era ser gente grande. Era poder ficar até tarde acordada.
Hoje eu queria tá dormindo beeeeem tranquila.
Mas tem: contas a pagar. Amor pra adormecer. Insônia. Vícios. Tudo aquilo que a gente quer muito ter quando é pequeno, mas depois que fica grande, quer mesmo é voltar a ser pequeno pra não querer mais nada disso.

As crianças....Ah sim... Elas não complicam.

tUdo como tem que ser...



Amanheceu meio nublado. Dia com cheiro de chuva. Dia com cheiro de terra molhada...
Aí a vontade que dá é de ficar na cama, enrolada num monte de lençois, quentinho, quentinho...
Não dá.
Tem que trabalhar né? Pagar as contas e tal. Aquilo que as pessoas desse mundo aqui tem mania de fazer: ganhar dinheiro. De boa mesmo, acho um saco.
Mas é necessário. Fazer o que?
Só de pensar que vou ficar lá, trancadinha e só saber que é de noite quando olhar por relógio... Chega dá agonia. Num daria em você não?
Mas vamos lá. Vamos agradar a sociedade que impede você de fumar, de falar alto, de usar roupa curta...

Lá estou a caminho do shoping...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

pRa começar...


De preferência não me acorde. Me deixe sempre dormir mais um tanto. Daí, quando eu levantar, você se apresenta. Certo?
Hoje eu estou a sofrer daquele mal que você também sofre, mas que não tem coragem de admitir. Saudade. sIm, sIm...
Saudade daquelas coisas pequenininhas. De dormir com a cabeça enfiada no pescoço dele... Dele reclamando da toalha molhada em cima da cama... Dele cozinhando...
A gente acha que se acostuma fácil né? Né nem assim que a banda toca não viu. Todo um ritual.
Hoje eu dobro o travesseiro no meio e enfio minha cabeça.
Hoje eu estendo a toalha direitinho.
Hoje eu não como. heheheheheheheh... (brincadeira)
Fica mesmo um buraquinho. Mas a gente vai tapando. Uma tonelada ou duas de cimento, certamente servirão.
O certo, é que nada é certo e tudo está fora de ordem. Ficar tentando arrumar é perder tempo. É encher salsicha.
Agora que eu já acordei, por que não para de mentir que é normal? Você não é...

"E me acorda pra contar lorota". Vê se pode...