quarta-feira, 15 de abril de 2009

Um mundo de sozinhos.


E vou eu começando a escrever ás 3:00h da manhã. Como se houvesse hora pra colocar pra fora o que preso está.
Tenho me sentindo meio sem rumo e me fazendo perguntas que geralmente calamos. Preferimos abafar.
Porque eu não as abafo? Porque as quero fazer?
Daí comecei a pensar que talvez esteja eu no mundo errado. Que nesse mundo aqui não me cabe. Por que se eu for falar dos meus medos com as pessoas (normais) vão querer me internar, me amarrar numa camisa de força. E seguindo isso, eu vou acumulando cada dia mais perguntas.
Sexualidade se discute?
Toda verdade é relativa?
Certo é certo e errado é errado?
O mundo é o não é um moinho que vai triturar meus sonhos tão mesquinhos e reduzir as ilusões a pó?
E todas as vezes em que ouso fazer qualquer desses questionamentos, vou observando que o mundo está cada vez mais individualista. Pois as respostas sempre são:
A sexualidade é minha e eu a divido com quem eu quiser.
O que é verdade pra você pode não ser pra mim.
O que é errado pra você pode não ser pra mim.
Não quero dizer com isto que o mundo acabará. Mas as vezes tenho medo que formemos um "mundo de sozinhos".
Singularidade é símbolo da nossa geração. Não devemos nada a ninguem. Podemos tudo. Isso é de fato a evolução?
E a cada segundo mais perguntas sem respostas que me convençam. Me sinto como se estivesse na feira livre das informações. E tem tanta variedade que eu "não sei o que levar".
É a torre de Babel do novo milênio. É a guerra tecnológica onde todos podem sempre mais que alguem. E fico eu, pobre mortal que não quero ser melhor que ninguem, no meio da avalanche. Das gotas de palavras que não acabam. Não acabam.
Pode. Não pode. Faça. Não faça. Cresça. Não obedeça padrões. Não case na Igreja. Não batize seu filho. Não se encaixe em um mundo artificial...
E se for a minha grande vontade? A minha função. O meu dever.
Em cima da torre (de babel) tem sempre alguem gritando: você pode mais.
E eu fico daqui de baixo respondendo: Mas eu só quero isso.
Pena. Ele, ou ela, (não sei nem se sexualidade existe) não me ouve. De baixo é complicado gritar. Aí me vejo obrigada a ir subindo.
O problema é chegar lá em cima e se perguntar: "O que é que eu to fazendo aqui?"
E sempre terá alguem cheio de teoria pra explicar as razões. Mas... como é que ele, ou ela, (não sei nem se sexualidade existe) sabe?
Toda verdade é relativa?

2 comentários:

  1. BARBAGA

    Linda você
    Linda por ser
    Nada o mais do que é
    Linda menina
    Das massas noturnas
    Das massas diurnas
    Das massas do pão
    Bagas nas estradas deixadas
    Barbagas com as bagas ficaram
    A Bárbara ao vento voou
    Espalhando seu ar ao vento
    Estilhaços você deixa por onde passa
    Por onde você passa sempre há explosões
    Comédia, romance, aventura, ação, documentário, ficção
    Tua vida filmes passaram
    Tuas vidas estórias X histórias vão chorar
    Por urinas, pelas pernas escorridas
    Por risadas tão belas da vida
    Por fumaça levada ao vento
    Estilo único de viver
    Estilo único de ser
    Moda, charme e vanguarda
    Transpiram em tua alma
    Estalos do talo do cigarro
    No outro, gritando bé...

    Rafael Fiel de Melo e Lima
    29 de julho de 2009, às 00h e 02min.

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  2. MARAVILHOSO!
    tava aki ao som de "Pink floy - Comfortably numb" lendo esse texto... pirei
    Parabéns mesmo!
    Leno

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