É noite de sexta e eu de fato estou sem muito assunto.
Pensei em falar sobre a postura da Presidenta da República, que depois de reunião com a bancada evangélica, anunciou a retirada das cartilhas e vídeos que discutem homofobia já entregues a professores que fariam ou não a opção de usa-los com alunos do 2° grau.
Eu podia inclusive fazer um paralelo com a aprovação do novo código florestal. Mas acho mesmo que não terei muitos leitores e os que passarem uma vista, não dirão nada. Eles me dizem sempre que eu sou louca de me preocupar com essas coisas. "Eita, que essa daí vai ser da Política", dizem os mais animados. Porra, se todo mundo que não estiver satisfeito com alguma coisa for ser dito "da Política", teremos vereadores esbarrando uns nos outros que eles nunca viram na vida. Enfim, não interessa!
Daí pensei em falar sobre homens que ficam de madrugada em páginas de bate-papo e acham que porque você "deu" pro irmão dele, pode lhe comer também. Eu nem devia estar usando esses termos. Caso algum homem se sinta incomodado com a forma que as mulheres usam hoje pra se dirigirem a certos homens, me desculpem, mas a culpa não é nossa. Nos pediram praticidade. Estou esperando ainda para esse ano um manual de como comportar-se para manter "seu" homem do "seu" lado. "Não emita gemidos acima do limite permitido (não sei qual é), não diga a ele que você está gostando e não goze por nada nesse mundo". Se você sair da linha, já era. Ah, mas se for namorada pode. Eles não falariam mal das namoradas né? Mas até alcançar essa incrível patente, finja!
Só que esse assunto não gera debate. Quem vai falar de sexo? Porque? Pra que? É melhor manter em segredo.
Então, eu resolvi falar de amor. Há tempos evito o assunto, pelos mesmos motivos que não me permitem falar de sexo ou Política hoje: Desinteresse. Entretanto, falar de amor não precisa ser interessante. Basta ser de verdade!
Eu só tenho um problema: Não sei mais do que se trata amar. Como faz?
Será que ainda pode acontecer um encontro inesperado na fila do cinema? Ele será um homem alto, de barba rala, sorriso aberto, abraço forte. Nós seremos os únicos na seção, pois ninguem mais gostou da ideia do filme. Sentaremos um do lado do outro pois são os melhores lugares na sala. Não daremos uma palavra. Ao fim do filme, iremos pra casa. Cada um pra sua.
E eu terei mais uma estória de amor pra contar. Pode ser assim?
Ou é necessário aquela dor, aquela melancolia com a separação dos corpos, a decepção em saber das almas nunca juntas, aqueles litros de lágrimas negras de máscaras para cílios?
Alguem me diga em vida, que o amor de cinema é possível.
E mais uma estória de amor. O próximo pode ser na padaria.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
terça-feira, 3 de maio de 2011
Como fazer para se destacar na Sociedade 'CULT' Recifense (parte 2)
"Cult que é cult" não se assume! Você já ouviu alguem dizer que é cult? #EuNunca! Por favor, se souber de algum caso, me informe.
Não ouse fazer a diferença nesse seleto grupo. Se um dia você disser que é cult, você deixa de ser cult. Pois "cult que é cult" prefere ser uma incógnita.
Aproveite o momento e vá no CinePE. Roupas com listras, cores vibrantes, xadrez e flanela acompanhados de uma sandália Crocs ou de um all star vermelho, cairão bem em você. Como se fosse despojado, mas, milimetricamente calculado.
Crie raiva do Big Brother Brasil. Fale mal. Critique a forma com a qual eles fazem exposição da classe feminina. Fale do exagero absurdo de bebidas alcoólicas nas festas, mas assista. Como você vai falar mal do que não vê? "Melhor fazer uma pesquisa". Quando questionado sobre como tem tantas informações a respeito do programa, diga que te mandaram no Facebook. Detalhe: Você não curtiu.
Seu gosto para música, cinema, teatro, dança, expressões artísticas em geral, percisa ser apuarado. Escute Chico Buarque. Fale do Tropicalismo. Diga que Maria Rita não se compara a mãe. E nunca, jamais, em tempo algum, permita que alguem próximo fale bem de Caetano Velozo. "Ele ficou tão 'americanizado' não acham?"
Viaje. A América Latina é a parada obrigatória. Você quer ver de perto outras Culturas. Mas não dê espaço para que lhe perguntem sobre a origem do Frevo.
Entretanto, nos meio das suas 'viagens', não pare para fazer uma análise de se você é ou não cult, mesmo que muitos dos relatos lembrem você. Outros não, não é? Porque "cult que é cult' não é o que dizem que ele é.
Ouça o que for, vista o que for, frequente qualquer lugar. Sempre haverá quem queira entender mais de você do que você mesmo. Vem então a vantagem da 'cultialidade': Você não dá ouvidos a eles.
Não ouse fazer a diferença nesse seleto grupo. Se um dia você disser que é cult, você deixa de ser cult. Pois "cult que é cult" prefere ser uma incógnita.
Aproveite o momento e vá no CinePE. Roupas com listras, cores vibrantes, xadrez e flanela acompanhados de uma sandália Crocs ou de um all star vermelho, cairão bem em você. Como se fosse despojado, mas, milimetricamente calculado.
Crie raiva do Big Brother Brasil. Fale mal. Critique a forma com a qual eles fazem exposição da classe feminina. Fale do exagero absurdo de bebidas alcoólicas nas festas, mas assista. Como você vai falar mal do que não vê? "Melhor fazer uma pesquisa". Quando questionado sobre como tem tantas informações a respeito do programa, diga que te mandaram no Facebook. Detalhe: Você não curtiu.
Seu gosto para música, cinema, teatro, dança, expressões artísticas em geral, percisa ser apuarado. Escute Chico Buarque. Fale do Tropicalismo. Diga que Maria Rita não se compara a mãe. E nunca, jamais, em tempo algum, permita que alguem próximo fale bem de Caetano Velozo. "Ele ficou tão 'americanizado' não acham?"
Viaje. A América Latina é a parada obrigatória. Você quer ver de perto outras Culturas. Mas não dê espaço para que lhe perguntem sobre a origem do Frevo.
Entretanto, nos meio das suas 'viagens', não pare para fazer uma análise de se você é ou não cult, mesmo que muitos dos relatos lembrem você. Outros não, não é? Porque "cult que é cult' não é o que dizem que ele é.
Ouça o que for, vista o que for, frequente qualquer lugar. Sempre haverá quem queira entender mais de você do que você mesmo. Vem então a vantagem da 'cultialidade': Você não dá ouvidos a eles.
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