Já senti o chão sair debaixo dos meus pés algumas vezes. Muitas vezes eu diria.
E dessa vez, a impressão que eu tenho, é que tem alguem puxando ele (o chão) bem devagar.
Eu tenho muitas opções de reação: Mandar ele (ou ela) parar de puxar. Sentar e esperar que acabe. Gritar que ninguem vai puxar coisa alguma e que o chão é meu e pronto...
Mas eu não to conseguindo fazer nada disso.
Ele está indo embora. Cuidando da vida dele, assim como eu estou cuidando da minha. E nenhum de nós é pecador. Somos só duas pessoas que juraram amor pra vida toda e não souberam como fazer isso.
Ele está procurando outros amores e eu devia ser feliz por isso. Quem ama quer felicidade pra o outro não é? Mas estou assumindo minha face egoísta e dizendo que não estou nada feliz.
Mas o fato é que temos que continuar.
Não nos merecemos mais.
Não cabemos mais um no outro.
E o caminho é pra frente.
Logo mais, quando eu parar de querer entender, eu grito com a pessoa que tá puxando meu chão e começo a puxar devolta o que já foi levado.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Carta pra não ser lida.
Olá moço. Você está bem? Espero que sim. Espero do fundo do coração que sim.
Estava pensando em nós dois hoje. Já fazia tempo que eu não fazia isso. Por mágoa, por raiva, por ódio, por tristesa... Não faz tanta diferença.
Eu tinha feito a opção de simplesmente não lembrar.
Mas hoje, quero dizer, mas agora, eu quiz. Lembrar, relembrar, rir, chorar até, quem sabe? Mas quiz não é? É o que importa.
Fiquei lembrando dos primeiros beijos. Eu dizendo que não podia, que não era certo, e ao mesmo tempo, sem conseguir largar você.
Da primeira separação que só durou um dia. Eu te dizendo que não queria me prender a você. Te deixando na parada do ônibus e pouco tempo depois, recebendo a mensagem: "Como pode alguem sonhar o que é impossível saber? Relaxa gatinha que eu to viajando muito na tua." Olha o modo de falar 4 anos atrás. (risos)
Das brigas sérias. Do dia que eu disse que ia quebrar uma telha na tua cabeça e tu teve que sair da tua própria casa. De você mandando eu juntar tudo o que era meu e desaparecer da sua vida. De você dizendo que tem pena de mim. De todos os gritos, ofenças maus-tratos, desrespeitos, traições, mentiras. De todo o mal que nos fizemos.
Aí eu fiquei triste. Não por que passamos por tudo isso. Mas por que não soubemos passar. Fomos além. Fomos adiante.
E como eu não quiz (agora) permanecer triste, fui buscar no meu bauzinho de memórias, as coisas boas, puras, bonitas, felizes e plenas. Não precisei de muito esforço. Eu nunca as esqueci.
Nossos lindos fins de semana em Itamaracá. As manhãs (de quase tarde) de acordar com as mãos no rosto. Os carnavais sempre separados e sempre juntos. O carnaval com liberdade de ir e vir. As noites na rede. As comidas na madrugada. A força nas dores. O colo nas lágrimas. O incentivo, os empurrões. Os abrigos. As conversas de amigos...
Eu não quero esquecer do mal que nos fizemos.
Mas quero menos ainda esquecer do amor que nos oferecemos. Que entregamos de olhos fechados.
Hoje, me faz muito mais triste não poder dizer que torço por você, do que não lhe ter mais como homem. Aprendi que amores são sim eternos. Relacionamentos não. E não há mágoa que vá me fazer lhe desejar mal.
Sou uma outra mulher depois de você. Somando tudo. Momentos felizes e tristes. Não abriria mão de nenhum.
Me sinto na obrigação de lhe pedir desculpas por erros que só fizeram mal a mim. Por ter passado a viver a sua vida e esquecido da minha. Por ter te sufocado (mesmo que eu não soubesse que estava fazendo isso). Por ter te forçado a situações que você não queria viver. Hoje eu acho que você não sabia vive-las, na verdade.
E obrigada. Muito obrigada. Por me ensinar o caminho das pedras. Por me mostrar que nem todos são capazes de me dar o que eu ofereço e que eu não posso critica-los por isso. Cada um na sua maneira, não é assim?
Obrigada por todos os sentimentos oferecidos a mim. Do amor ao ódio. Eles também me ensinaram que eu só posso entender dos sentimentos de uma pessoa: Eu.
Obrigada pelas noites de prazer absoluto. Foi você quem me ensinou que eu posso tudo o que eu me permitir.
Foda-se com a sua pena. Ela não me acrescenta em nada. (Tinha que tem uma coisa feia né? Também não sou santa).
E seja muito, muito, mas muito feliz. É a sua única obrigação. É a nossa única obrigação. Eu não seria pequena a ponto de só desejar sua felicidade ao meu lado. Esse espaço não mais existe e nós dois sabemos que fomos nós quem destruimos isso. A sua vida é a mais longa do mundo, pense assim. E vá fazendo de todos os dias, uma vida nova. Um novo começo. Seu sorriso será seu guia e como um belo sorriso que é, será um ótimo guia e levará você, pelos melhores caminhos.
E pela primeira vez, eu não vou te pedir pra voltar, nem pra me mandar notícias.
Só não esquece da tua missão tá.
Essa louca aqui, te quer muito bem. Com todos os teus sentimentos de carinho ou de raiva, por que tudo é válido quando a gente entende que não se explica o "outro". É apenas o que você pensa. E o que você pensa, é contigo, não é mais comigo.
Sorte, plenitude, paz, amor, respeito, tranquilidade, serenidade, caminhos longos...
Pra nós. Pra todos nós.
Estava pensando em nós dois hoje. Já fazia tempo que eu não fazia isso. Por mágoa, por raiva, por ódio, por tristesa... Não faz tanta diferença.
Eu tinha feito a opção de simplesmente não lembrar.
Mas hoje, quero dizer, mas agora, eu quiz. Lembrar, relembrar, rir, chorar até, quem sabe? Mas quiz não é? É o que importa.
Fiquei lembrando dos primeiros beijos. Eu dizendo que não podia, que não era certo, e ao mesmo tempo, sem conseguir largar você.
Da primeira separação que só durou um dia. Eu te dizendo que não queria me prender a você. Te deixando na parada do ônibus e pouco tempo depois, recebendo a mensagem: "Como pode alguem sonhar o que é impossível saber? Relaxa gatinha que eu to viajando muito na tua." Olha o modo de falar 4 anos atrás. (risos)
Das brigas sérias. Do dia que eu disse que ia quebrar uma telha na tua cabeça e tu teve que sair da tua própria casa. De você mandando eu juntar tudo o que era meu e desaparecer da sua vida. De você dizendo que tem pena de mim. De todos os gritos, ofenças maus-tratos, desrespeitos, traições, mentiras. De todo o mal que nos fizemos.
Aí eu fiquei triste. Não por que passamos por tudo isso. Mas por que não soubemos passar. Fomos além. Fomos adiante.
E como eu não quiz (agora) permanecer triste, fui buscar no meu bauzinho de memórias, as coisas boas, puras, bonitas, felizes e plenas. Não precisei de muito esforço. Eu nunca as esqueci.
Nossos lindos fins de semana em Itamaracá. As manhãs (de quase tarde) de acordar com as mãos no rosto. Os carnavais sempre separados e sempre juntos. O carnaval com liberdade de ir e vir. As noites na rede. As comidas na madrugada. A força nas dores. O colo nas lágrimas. O incentivo, os empurrões. Os abrigos. As conversas de amigos...
Eu não quero esquecer do mal que nos fizemos.
Mas quero menos ainda esquecer do amor que nos oferecemos. Que entregamos de olhos fechados.
Hoje, me faz muito mais triste não poder dizer que torço por você, do que não lhe ter mais como homem. Aprendi que amores são sim eternos. Relacionamentos não. E não há mágoa que vá me fazer lhe desejar mal.
Sou uma outra mulher depois de você. Somando tudo. Momentos felizes e tristes. Não abriria mão de nenhum.
Me sinto na obrigação de lhe pedir desculpas por erros que só fizeram mal a mim. Por ter passado a viver a sua vida e esquecido da minha. Por ter te sufocado (mesmo que eu não soubesse que estava fazendo isso). Por ter te forçado a situações que você não queria viver. Hoje eu acho que você não sabia vive-las, na verdade.
E obrigada. Muito obrigada. Por me ensinar o caminho das pedras. Por me mostrar que nem todos são capazes de me dar o que eu ofereço e que eu não posso critica-los por isso. Cada um na sua maneira, não é assim?
Obrigada por todos os sentimentos oferecidos a mim. Do amor ao ódio. Eles também me ensinaram que eu só posso entender dos sentimentos de uma pessoa: Eu.
Obrigada pelas noites de prazer absoluto. Foi você quem me ensinou que eu posso tudo o que eu me permitir.
Foda-se com a sua pena. Ela não me acrescenta em nada. (Tinha que tem uma coisa feia né? Também não sou santa).
E seja muito, muito, mas muito feliz. É a sua única obrigação. É a nossa única obrigação. Eu não seria pequena a ponto de só desejar sua felicidade ao meu lado. Esse espaço não mais existe e nós dois sabemos que fomos nós quem destruimos isso. A sua vida é a mais longa do mundo, pense assim. E vá fazendo de todos os dias, uma vida nova. Um novo começo. Seu sorriso será seu guia e como um belo sorriso que é, será um ótimo guia e levará você, pelos melhores caminhos.
E pela primeira vez, eu não vou te pedir pra voltar, nem pra me mandar notícias.
Só não esquece da tua missão tá.
Essa louca aqui, te quer muito bem. Com todos os teus sentimentos de carinho ou de raiva, por que tudo é válido quando a gente entende que não se explica o "outro". É apenas o que você pensa. E o que você pensa, é contigo, não é mais comigo.
Sorte, plenitude, paz, amor, respeito, tranquilidade, serenidade, caminhos longos...
Pra nós. Pra todos nós.
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