segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sobre a poeira que ficou.


Todos, e quando eu falo todos, são todos de verdade, (todos e todas antes que me cobrem uma linguagem não sexista) me falam que é preciso esquece-lo. Que ama-lo demais, é me amar de menos. Que é preciso saber a hora de parar. Mas, Parar o que? Não o procuro, não me faço presente, não me desdobro em mulheres diferentes pra provar a ele que eu posso ser "todas elas num só ser". Eu só o amo. Pra mim. Comigo.
Tudo bem. Eu entendo que pra alguns, é loucura. Mas ninguem nunca me explicou como mudar. Talvez por que nem eles mesmos saibam. Talvez por que não tenha uma explicação lógica, cheia de sentidos.

Ele teve uma atitude egoísta dia desses. Ele tem atitudes egoístas todos os dias. Por que eu entendo que a minha saudade faz mal a ele e ele não entende que a dele me faz mal. Eu tive uma atitude egoísta dia desses. Eu tenho atitudes egoístas todos os dias. Por que eu tava olhando no olho dele, com um eu amo você entalado e disse: Mas precisamos avaliar a conjuntura.

Hoje, tudo o que eu mais queria era ele do meu lado, ouvindo música que ele diz que é ruim, mas sem a minha presença, ele escuta. Assistindo jogos de amor em Las Vegas e rindo das mesmas piadas velhas. Deixando a toalha encharcada em cima da cama e ter ele atrás de mim de cara feia, reclamando que eu deixo tudo bagunçado. Indo dormir tarde, reclamando do ar-condicionado e do celular. Tendo ele me cobrindo como quem diz: cala a boca e dorme. E depois de toda essa encenação, ter os pés dele procurando os meus e ficar assim até de manhã, quando ele me puxava toda pra perto
E, não atendendo a nenhum dos meus desejos, tendo em vista que seríamos dois corpos estranhos amanhã, eu nada fiz.
Minto. Fiz sim: Revirei baús, fiz, refiz e desfiz mapas, sacudi livros cheios de poeira, passei panos nas estantes, tirei do lugar e colequei devolta fotografias em preto e branco, chorei, sorri, não fumei nenhum cigarro...

É muito difícil não ter mais o que tinhamos. É muito doído não sermos mais o que éramos. Mas eu tenho tentado todos os dias construir um outro "nós". Um que permita a felicidade dele em me ver feliz; Um que me faça poder ficar deitada no peito dele sem dar uma palavra (eu devia e podia ter feito isso mais vezes); Um que ninguem diga que é feio amar, que ache bonito um sentimento que permite crescer, andar junto, aprender, ensinar, dedicar, ser mais que qualquer pessoa, ser 'a' pessoa...
Quando ele colocava as mãos no rosto, a gente se transformava nesse "nós".

Todos (e todas) podem estar certos. Quem há de saber? Eu parei de questionar tem tempo. O que eu não paro de querer saber, (sem perguntar a todos e todas) é como pode o olho dele brilhar quando me fala de uma pizza com palmito?
Tem coisas que a gente guarda. Tem coisas que só a gente guarda, por que são nossas e de mais ninguem. Eu to guardando. (isso também tem tempo) Por que aquela estória de amores soltos pelo ar, está meio perdida. Tá comigo, tá pra mim.
E hoje, mesmo querendo todas as outras coisas, eu resolvi só escrever. Só colocar pra fora.
Pra ficar mais leve, pra limpar as estantes de dentro, pra fixar os retratos em preto e branco... E amanhã, se eu ainda quiser tudo o que eu quis hoje, eu terei de fazer as mesmas coisas. (A poeira, os baús, os mapas...) Por que sempre, não é todo dia.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O que só se vê na "loucura"


Fim de um dia corrido de trabalho e como diria o músico Marcelo D2, "São 10 da noite, todo mundo já cumpriu compromisso". Mas ainda não eram 10 horas da noite. Eram 18:30h e estava eu dentro de um carro conhecido, com almas boas, com pensamentos puros... Idéia: "Fumar um". E foi a idéia posta em prática no meio do engarrafamento típico do horário na Avenida Agamenon Magalhães.
Desci do carro e enquanto as almas boas seguiram rumo aos seus destinos bons, eu segui rumo a parada do ônibus, que pra mim, também era um destino bom. Era pra onde eu queria ir. E fui observando e sentindo coisas que eu queria observar e sentir o tempo todo.
Descobri que tem uma explicação para que duas pessoas se afastem, ou se percam, ou se deixem: Elas precisam abrir passagem para outras pessoas; permitirem novos encontros; Novos cruzamentos. Emocionar reencontros; Sentir os mesmos cheiros de diferentes formas, todos os dias, todos os dias...
Descobri que deficientes visuais não são assim tão diferentes de mim. Eles saem pra tomar uma. Riem, se abraçam, dizem do seu amor. Sem enxergar quase nada, ou pouca coisa, ou nada mesmo. Eu, ser racional que enxergo 'tudo', não aproveito com tanto prazer esses momentos. Quem é de fato o cego?
Descobri que 7 belo velho é melhor que 7 belo novo, por que quando ele está novo, não dá pra colocar muitos na boca. Descobri que o ônibus sempre demora mais quando a gente está esperando por ele. Mas... Alguem pega o ônibus que não está esperando? Não. Logo, todos os ônibus demoram. (Minha irmã diz que não necessariamente. Mas como eu não vou conseguir fazer ela me explicar a teoria dela...)
Descobri que chegar em casa pode ser reconfortante. E que se for só pra tomar banho e sair novamente, pode ser um problema com a minha mãe. Descobri que eu estou ficando velha. Descobri que macaxeira com charque, vira camarão na moranga do lado dela, que Cheiro de amor não é tão ruin e que a praça não é tão perigosa.
Coisas que passariam (e até passaram) despercebidas, ganham representação iluminada. Viram sorrisos que alguns "deles" nem notam. Na loucura, a gente entende que não precisa que eles notem. Hoje eu quero dizer e não esperar a percepção alheia. Posso faze-lo pela liberdade que tenho e pelos sorrisos disfarçados que ganho.
Almas boas... Pensamentos puros...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Mergulhada...


Alguns dias são mais longos que outros dias. E esses, são feitos de sofrer. De entregar-se a garrafas de cerveja, a copos cheios, a gargalhadas que não findam, a amigos que funcionam como tanques e neles, a gente se joga. Não sei quantas horas tem esses dias. O que sei, é que eles não acabam. A impressão que tenho é que ele será pra sempre.

Depois de sair dos tanques, há de se querer pegar a barca e voltar pra casa.
Sem cervejas, nem copos (cheios ou vazios)... Foi então que notei que era um dia longo. De acordo com as minhas contas, esse dia já dura um milhão de estrelas. (a contagem é individual e eu gosto de usar estrelas)

Vi algumas delas se apagarem. Outras se acenderem.

Vi alguns tanques tentarem aproximação sem muito sucesso, pois me viciei nos tanques velhos.


E esse dia não acaba. Não importa o que eu faça.
Se eu não o questiono, não acaba. Se o questiono, se arrasta, tentando me explicar a razão de tanto durar. Me falam que esse dia só termina quando eu assim decidir. Eles não escutam quando eu falo que eu já encerrei esse dia, muitas vezes. E que ele sempre começa de novo e novamente e mais uma vez.

Talvez seja um dia de fato eterno e que a solução não seja desejar o seu fim, mas vive-lo, com todos os seus afins.
O tempo na barca de volta pra casa, me fez admitir (duramente) que aquele projeto de dias curtos não existe mais. Que a partir de hoje, (justo hoje) os dias serão sempre longos e inacabáveis. Dias com alguma coisa faltando.

Outras coisas virão. Salas se entupirão de móveis que não farão o mínimo sentindo. Mas, o tempo na barca de volta pra casa, me fez admitir (duramente), que aquele projeto de dias curtos, não existe mais.
E então, o que se faz do amor? Eu ainda não sei o que ele significa. Se quer dizer deixar livre, se quer dizer brigar pra ter.

Não sabendo o que dele fazer, permanecerei o deixando no ar. Solto, livre, como o vento.
Talvez ele torne a guiar a barca. Enquanto não, outros mergulhos serão dados. Em mares distantes, pra que dessa forma, meu corpo não cause qualquer tremulação de outras águas.

Nesses dias longos (que agora sei, serão eternos) eu tenho o desejo egoísta de que qualquer mergulho que aconteça (de corpos que não mais me pertencem) sejam dados longe de onde passa a minha barca.
Não tenho esse direito. E por não ter, serei feliz de saber que os planos de dias curtos, podem nascer de furacões. No meu, ou em outros mares.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Enfin, só.

Já senti o chão sair debaixo dos meus pés algumas vezes. Muitas vezes eu diria.
E dessa vez, a impressão que eu tenho, é que tem alguem puxando ele (o chão) bem devagar.
Eu tenho muitas opções de reação: Mandar ele (ou ela) parar de puxar. Sentar e esperar que acabe. Gritar que ninguem vai puxar coisa alguma e que o chão é meu e pronto...
Mas eu não to conseguindo fazer nada disso.
Ele está indo embora. Cuidando da vida dele, assim como eu estou cuidando da minha. E nenhum de nós é pecador. Somos só duas pessoas que juraram amor pra vida toda e não souberam como fazer isso.
Ele está procurando outros amores e eu devia ser feliz por isso. Quem ama quer felicidade pra o outro não é? Mas estou assumindo minha face egoísta e dizendo que não estou nada feliz.
Mas o fato é que temos que continuar.
Não nos merecemos mais.
Não cabemos mais um no outro.
E o caminho é pra frente.
Logo mais, quando eu parar de querer entender, eu grito com a pessoa que tá puxando meu chão e começo a puxar devolta o que já foi levado.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Carta pra não ser lida.

Olá moço. Você está bem? Espero que sim. Espero do fundo do coração que sim.
Estava pensando em nós dois hoje. Já fazia tempo que eu não fazia isso. Por mágoa, por raiva, por ódio, por tristesa... Não faz tanta diferença.
Eu tinha feito a opção de simplesmente não lembrar.
Mas hoje, quero dizer, mas agora, eu quiz. Lembrar, relembrar, rir, chorar até, quem sabe? Mas quiz não é? É o que importa.
Fiquei lembrando dos primeiros beijos. Eu dizendo que não podia, que não era certo, e ao mesmo tempo, sem conseguir largar você.
Da primeira separação que só durou um dia. Eu te dizendo que não queria me prender a você. Te deixando na parada do ônibus e pouco tempo depois, recebendo a mensagem: "Como pode alguem sonhar o que é impossível saber? Relaxa gatinha que eu to viajando muito na tua." Olha o modo de falar 4 anos atrás. (risos)
Das brigas sérias. Do dia que eu disse que ia quebrar uma telha na tua cabeça e tu teve que sair da tua própria casa. De você mandando eu juntar tudo o que era meu e desaparecer da sua vida. De você dizendo que tem pena de mim. De todos os gritos, ofenças maus-tratos, desrespeitos, traições, mentiras. De todo o mal que nos fizemos.
Aí eu fiquei triste. Não por que passamos por tudo isso. Mas por que não soubemos passar. Fomos além. Fomos adiante.
E como eu não quiz (agora) permanecer triste, fui buscar no meu bauzinho de memórias, as coisas boas, puras, bonitas, felizes e plenas. Não precisei de muito esforço. Eu nunca as esqueci.
Nossos lindos fins de semana em Itamaracá. As manhãs (de quase tarde) de acordar com as mãos no rosto. Os carnavais sempre separados e sempre juntos. O carnaval com liberdade de ir e vir. As noites na rede. As comidas na madrugada. A força nas dores. O colo nas lágrimas. O incentivo, os empurrões. Os abrigos. As conversas de amigos...
Eu não quero esquecer do mal que nos fizemos.
Mas quero menos ainda esquecer do amor que nos oferecemos. Que entregamos de olhos fechados.
Hoje, me faz muito mais triste não poder dizer que torço por você, do que não lhe ter mais como homem. Aprendi que amores são sim eternos. Relacionamentos não. E não há mágoa que vá me fazer lhe desejar mal.
Sou uma outra mulher depois de você. Somando tudo. Momentos felizes e tristes. Não abriria mão de nenhum.
Me sinto na obrigação de lhe pedir desculpas por erros que só fizeram mal a mim. Por ter passado a viver a sua vida e esquecido da minha. Por ter te sufocado (mesmo que eu não soubesse que estava fazendo isso). Por ter te forçado a situações que você não queria viver. Hoje eu acho que você não sabia vive-las, na verdade.
E obrigada. Muito obrigada. Por me ensinar o caminho das pedras. Por me mostrar que nem todos são capazes de me dar o que eu ofereço e que eu não posso critica-los por isso. Cada um na sua maneira, não é assim?
Obrigada por todos os sentimentos oferecidos a mim. Do amor ao ódio. Eles também me ensinaram que eu só posso entender dos sentimentos de uma pessoa: Eu.
Obrigada pelas noites de prazer absoluto. Foi você quem me ensinou que eu posso tudo o que eu me permitir.
Foda-se com a sua pena. Ela não me acrescenta em nada. (Tinha que tem uma coisa feia né? Também não sou santa).
E seja muito, muito, mas muito feliz. É a sua única obrigação. É a nossa única obrigação. Eu não seria pequena a ponto de só desejar sua felicidade ao meu lado. Esse espaço não mais existe e nós dois sabemos que fomos nós quem destruimos isso. A sua vida é a mais longa do mundo, pense assim. E vá fazendo de todos os dias, uma vida nova. Um novo começo. Seu sorriso será seu guia e como um belo sorriso que é, será um ótimo guia e levará você, pelos melhores caminhos.
E pela primeira vez, eu não vou te pedir pra voltar, nem pra me mandar notícias.
Só não esquece da tua missão tá.
Essa louca aqui, te quer muito bem. Com todos os teus sentimentos de carinho ou de raiva, por que tudo é válido quando a gente entende que não se explica o "outro". É apenas o que você pensa. E o que você pensa, é contigo, não é mais comigo.

Sorte, plenitude, paz, amor, respeito, tranquilidade, serenidade, caminhos longos...
Pra nós. Pra todos nós.

sábado, 13 de março de 2010

Resenha crítica: A influência da mídia.

... E então, somos todos influenciados pela mídia.
Todos os dias nos vemos recebendo aos montes, informações que podemos julgar necessárias ou não, para o nosso crescimento pessoal e/ou profissional. São comerciais de cosméticos, que dizem que você tem o direito de ser mais bonita. São propagandas de fast food dizendo que lá você come mais rápido.
 Estamos no meio de tanta correria, que geralmente não paramos pra pensar que: Eu não quero só ficar bonita; quero ter saúde também. Ou: Eu não quero comer rápido, quero comer bem. Fazendo uma linha de comparação com a alienação do trabalho, darei a ‘isso’ o nome de “Alienação Midiática”.
Dessa forma, vamos acumulando produtos nas nossas vidas. E quando falo produto, não digo só aquele bem material, que não nos serve de nada e fica juntando poeira na estante. Falo também dos produtos de mídia: aquela revista que não nos interessa, mas que todo mundo compra; aquele canal de TV que passa um filme legal a cada dois dias, mas que todo mundo compra. Somos fonte barata de renda, por que simplesmente não nos perguntamos o que de fato gera crescimento e aprendizado. Somos alienados.
A pergunta que deve ser feita é: Até onde isso é prejudicial às nossas vidas? Sentados em frente à TV, vemos o que a mídia quer que nós vejamos e não nos perguntamos por que aquela notícia que corre boca a boca na favela, não aparece na TV. A não ser, que, de alguma forma, vá gerar lucros.
Por que a menina de nove anos, estuprada pelo padrasto e grávida, passou tanto tempo na mídia? Por que um arcebispo entrou no “jogo” e a Rede Globo de televisão, resolveu debater a igreja católica em rede nacional. Mas, todos os dias, crianças são estupradas e/ou assassinadas e ninguém fala nada sobre. Quantos padres são acusados de pedofília e a mídia esquece esse fato “pouco relevante” em dois tempos?
Há muito tempo vemos os meios de comunicação, usarem da nossa ‘pouca consciência’ pra nos entupirem de coisas que a nós, pouco servem. E a eles, muito lucro é gerado. Temos como exemplo, as campanhas publicitárias da Segunda Guerra Mundial, que usa de campanhas publicitárias, para 'convidar' a população à guerra, usando de argumentos apelativos a sobrevivência dos mesmos.
O tempo passou e hoje, parece que continuamos vivendo a 2° Guerra Mundial. É o bombardeio de informações. É a guerra tecnológica onde todos podem sempre mais que alguém e usam disso como se fosse uma arma. Façamos agora outra comparação. Dessa vez com a corrida armamentista. Chamemos de “corrida midiática”. Qual o alvo? Nós. Telespectadores, ouvintes, leitores, navegadores, que cada vez mais, temos que “enxugar” o que vamos assistir ouvir, ler e ler.

Chegamos então nossa própria realidade invadida, ocupada e debatida. Deixamos agora de sermos telespectadores e passamos a ser assistidos, avaliados, julgados. Muitos, o fazem por opção. São os programas televisivos, que mostram (a quem interessar) realidade AO VIVO. Reality shows. Show de realidade. Realidade? Mulheres bonitas passeiam na sua tela e o fazem esquecer que a fome e a miséria AINDA MATAM aos milhares no mundo todo?
Câmeras nos ônibus, nos shoppings, nas farmácias, nos elevadores, no calçadão da praia, nas faculdades. E uma certeza nós temos: É tudo em nome da nossa segurança. Ou seria para a segurança dos donos desses lugares?
Perguntas sobre respeito à privacidade saem do todos os lugares. Organizações que defendem o direito exclusivo às nossas próprias imagens também.
Reparem que nesses programas de realidade ao vivo, sempre há uma campanha publicitária, desse ou daquele produto. E sim, eles passam a vender mais sendo exibidos ao lado de um belo homem ou de uma bela mulher, ou de alguém que tenha uma história de vida triste e apelativa, usada pela rede que exibe o programa, pra nos comover e dessa forma, “vender” seu produto com mais facilidade. Tendo em vista que dois produtos são vendidos, com a mesma “apelação”: o produto específico, (a matéria prima a ser vendida), como refrigerantes, eletros-domésticos, etc. e o produto denominado programa de TV.
O fato é que sempre se atinge uma massa.
Mas, é importante saber que os meios de comunicação são muito importantes para a construção de uma sociedade. São eles quem nos oferecem a notícia e nos dão a oportunidade de saber o que acontece pelo mundo.
O que deve ser exigido e que é de nosso pleno direito é a veracidade dessas informações e o uso dessa grande máquina, não como fonte de lucros em cima da desgraça alheia. Não precisamos de mais rostos conhecidos por tragédias criadas em nome da comoção. Já temos isso acontecendo em milhares de casa, de verdade. E queremos que essas realidades sejam modificadas.
A mídia tem um papel fundamental nessa construção coletiva. INFORMA, DIVULGA, PREPARA E NÃO ALIENA. Paremos de pensar nos nossos próprios bolsos e somente em como gerar lucro. Pensemos em como usar do nosso trabalho, nós, jornalistas, publicitários, para mudar o quadro de vida de muitas pessoas que ainda pensam que BIG BROTHER é programa de aprendizagem.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Amores soltos.

Querer soluções rápidas e emergenciais, é perder tempo. As soluções rápidas são paleativas. Não definem nada.
Poderia citar Vinícius de Moraes, Manoel Bandeira, Fernando Pessoa...
Mas seriam paleativos de frases minhas que de mim não saem.
Assim pensando, elas permanecerão comigo. Trancadas. Pra que eu mesma as decore.
(As pinte, quem sabe).
Os amores soltos no Universo, na plenitude existencial, são os mais puros de que se tem notícia. Mas isso é por que ninguem sabe do que se tratam os presos.
(São apenas paleativos)
E como eu já disse, soluções rápidas em nada me agradam.
Amores soltos...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

(A construção do muro)



Nos ignoramos com carinho.
Fomos amavelmente insignificantes, ele para comigo, eu para com ele.
Usamos toda a nossa delicadeza, para não nos tratarmos.
Doçura, pureza...
usamos tudo isso.Dentro. Pra dentro.
Eu o vi me olhando. Logo, ele me viu o olhando.
Mas certamente não procurávamos nenhuma novidade.
Sabemos de tudo.
Aí está o nosso problema: Sabemos de tudo.